domingo, 21 de dezembro de 2008

Textos de Natal - "Um Natal Especial" e "Um Natal quase perdido"

Um Natal Especial
Era uma vez um reino onde só viviam fadas. Por isso, está claro, era o “Reino das Fadas”.
Naquele Natal todas andavam muito atarefadas. Mas tinham uma vantagem: elas voavam! Levavam fitas, traziam fitas, havia bolas da árvore de Natal pelo chão! Esta azáfama toda era porque tinham um prazo a cumprir: na noite de Natal, tinham de ter a Árvore toda ornamentada.
Todas as fadas se orgulhavam do seu reino. Havia um supermercado, o “Super-Fadas”, onde se vendiam legumes mágicos, cenouras enormes, as couves mais deliciosas do reino, etc. O hotel chamava-se “ Pó Mágico”. Havia também perfumarias, livrarias...
Bom, mas continuando, a principal organizadora das festas era a fada Violeta, conhecida por ser mais bonita do reino. Tinha cabelos dourados, olhos verdes e andava sempre perfumada.
Faltavam quinze dias para a noite mais desejada! As prendas iriam ser deixadas nessa mesma Árvore, com etiquetas, para todos os habitantes. As crianças estavam ansiosas e conversavam umas com as outras.
- Eu pedi ao Pai Natal uma caixinha de música! - exclamou a Cecília.
- Eu pedi um saco de pó mágico, para voar! - informou a Elizabete.
E por aí adiante.
Como os enfeites da Árvore eram guardados num armazém, pois ela levava muito tempo a ser decorada, tinham de ser arrumados todos os dias.
Então, certa manhã, quando as fadas decoradoras foram ver ao armazém, tudo tinha desaparecido.
- Ai, não sei como isto foi acontecer!!!- chorava uma.
- Ah! Pobres crianças! Vão ficar desoladas!- soluçava outra.
Todos andavam apressados à procura dos ornamentos.
Passaram dias e dias, até que chegou a véspera do dia vinte e quatro. Toda a gente procurou esconder aquilo das crianças.
Naquela hora, a fada Violeta estava na sua casa a beber um chocolate quente perfumado com rosas e a comer os típicos bolinhos de abóbora e menta. A certa altura, começou a ouvir umas pancadinhas secas vindas da chaminé.
- Que será isto?- interrogou-se Violeta.
Então foi ver. Deu com o Pai Natal a tentar escorregar para a cozinha.
- Ah!!! Pai Natal!- exclamou Violeta.
- Oh! Oh! Oh! Sim, sou eu, Violeta!- informou o Pai Natal.
- Mas porque vieste à minha humilde casa?
- Vim devolver-te os enfeites que a fada Lídia te tinha roubado.
- A fada Lídia?- perguntou, surpreendida, Violeta.
- Sim, ela mesmo. Mas esquece isso. Prepara-te, amanhã vais ter uma enorme surpresa.
Dito isto, o Pai Natal desapareceu.
- Pai Natal! Pai Natal! Oh, não!!! Desapareceu- exclamou, tristemente,
Violeta. – O que será essa surpresa?- pensou ela.
No dia seguinte, à noite, uma enorme luz entrou por todas as janelas do reino.
Todos vieram à rua. Uma Árvore de Natal gigante erguia-se no meio. Uma dezena de pirilampos rodeou. Começaram a chover estrelas. Que lindo! A Árvore estava rodeada de prendas! Com etiquetas e tudo!
Começaram a desembrulhá-las. Todos reconheceram que aquele seria o melhor Natal das suas vidas! E viveram felizes para sempre.
Texto elaborado por: Ana Francisca Franco, 5.º D
"Um Natal quase perdido"
Era uma vez, na Serra da Estrela, uma família de três elementos: mãe, pai e filha. A Joana, a filha, olhava tristemente pela janela. Lá fora, chovia e nevava intensamente. Joana voltou para junto da lareira e, olhando o temporal pela janela, perguntou à mãe:
- Mãe, achas que o Pai Natal virá com este tempo?
- Claro que vem, fofinha. O Pai Natal nunca falta a um Natal. - disse a mãe tranquilizando a filha.
Mas a pobre Joana não pensava da mesma maneira, aliás todas as crianças pensavam que, nesta noite tão especial, não teriam presentes.
Lá nas estrelas, o Pai Natal estava muito preocupado, as renas recusavam aventurar-se com aquele tempo. O Pai Natal animava-as:
- Vá lá! O tempo não está assim tão mau, e se formos, prometo que quando chegarmos vos darei uma dose extra de erva do paraíso. – dizia ele em tom desesperado.
Mas as renas não cediam. Estava complicado, que renas tão teimosas, pensava.
Até que teve uma ideia: como a erva do paraíso deixava as renas mais aventureiras. Deu uma dose de erva a cada uma e assim, elas só queriam voar.
O Pai Natal pôs os presentes no trenó e as renas voaram pelo temporal, mas não foram muito longe. Um relâmpago assustou-as e o Pai Natal perdeu o controlo do trenó, caindo num lago gelado.
Na Serra da Estrela era quase meia-noite e nem sinal do Pai Natal. Quase todas as crianças choravam, incluindo Joana. Os pais não sabiam o que fazer, na verdade até já eles pensavam que este ano não haveria Natal.
Até que, na praça, um lenhador que tinha assistido a tudo, foi pedir ajuda para que se conseguisse tirar o Pai Natal do lago.
Um grupo de pessoas seguiu o lenhador até ao lago onde se encontrava o Pai Natal e as renas, e o mais importante para as crianças, os presentes.
O Pai Natal e as suas renas estavam quase a morrer congelados. Enquanto um grupo procurava as renas, o outro procurava o Pai Natal, mas ninguém chegava aos presentes.
A sorte, a maravilhosa e escassa sorte, por fim, surgiu. Um pescador estava entre as pessoas e com a sua cana alcançou todos os presentes.
O Pai Natal entregou-os a todas as crianças no preciso momento em que soou a primeira das doze badaladas da meia-noite.
O Pai Natal despediu-se e as famílias regressaram às suas casas.
Grande susto se apanhou na Noite de Natal! Um Natal que para a Joana será inesquecível.
Margarida Grácio Romana, 5º D Nº 18

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